Um clássico histórico está de volta! Galícia e Ypiranga se enfrentam no próximo domingo, dia 25, pela Série B do Campeonato Baiano. O confronto, conhecido como “Clássico de Ouro”, revive uma rivalidade que marcou época no futebol da Bahia.
O Ouro da Bahia
Por que “Clássico de Ouro”? O nome surgiu na era de ouro do futebol baiano, entre as décadas de 1920 e 1940. Galícia e Ypiranga dominavam a cena, protagonizando partidas inesquecíveis e decidindo campeonatos. Eram tempos de consolidação para o futebol local.
O palco desta vez será diferente. A Arena Cajueiro, em Feira de Santana, receberá o duelo. O tradicional Estádio de Pituaçu, em Salvador, ainda não tem liberação completa. Será que o novo local mudará a dinâmica do clássico?
Luta por Vaga
Além da rivalidade, o jogo tem grande peso na tabela. Ambas as equipes buscam pontos importantes na quinta rodada. O objetivo é claro: garantir uma vaga no G-4 e seguir na disputa pelo acesso à primeira divisão do Baiano. Quem sairá na frente nessa briga?
História Pesada
Mesmo em fase de reconstrução, Galícia e Ypiranga carregam um currículo respeitável. O Ypiranga é o terceiro maior campeão baiano, com 10 títulos. O Galícia, o “Demolidor de Campeões”, tem cinco conquistas estaduais e uma tradição centenária.
O retrospecto geral mostra a intensidade do confronto: Galícia venceu 59 vezes, Ypiranga 45, e houve 37 empates em 141 jogos. O último encontro foi em 2013, pela Série B, com vitória do Galícia por 2 a 1 no Jóia da Princesa. Uma prévia do que podemos esperar?
A Voz dos Dirigentes
Para os clubes, o clássico une história e urgência. Jayme Brandão, diretor de futebol do Galícia, fala sobre a necessidade de vencer. “A gente vem de uma derrota. Sabemos da importância desse clássico pela tradição e pela briga na tabela. Precisamos vencer para não nos distanciarmos dos líderes”, explica ele.
Brandão fala que seria melhor jogar em Salvador pelo apelo das torcidas. “Seria muito melhor se fosse na capital. Mas não foi possível, e jogaremos em Feira. Ainda assim, a rivalidade permanece muito viva”, acrescenta o diretor.
Do lado do Ypiranga, que voltou ao profissionalismo, Dado Cavalcanti, diretor técnico, vê simbolismo e impacto direto. “É um jogo que carrega uma simbologia muito grande. É um confronto direto por uma das vagas no G-4”, comenta Cavalcanti. Ele observa três favoritos no campeonato e vê a quarta vaga aberta para equipes como Ypiranga e Galícia.
Planejamento a Longo Prazo
O Ypiranga, porém, não trata o acesso como obrigação imediata. O foco é a gestão de médio e longo prazo, segundo o gerente de futebol Daniel Brugni. “Nosso elenco é formado, majoritariamente, por jogadores abaixo de 23 anos. A folha salarial não é das maiores, porque nossa proposta é desenvolver um caminho sustentável”, pontua Brugni.
No campo, o jogo vale “seis pontos”. Quem vencer, entra forte na briga pelo G-4. Quem perder, vê o acesso ficar mais distante. O confronto está marcado para as 15h e terá transmissão online.