Você sabia que Salvador está investindo pesado na requalificação de imóveis no bairro do Pilar? O município deu um passo importante ao firmar um Termo de Compromisso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo? Contratar projetos técnicos que vão transformar a região, criando um conjunto de habitação social tão necessário.
Sabe quanto isso vai custar? O extrato do acordo fala em um investimento total de R$ 800 mil. A responsabilidade por tirar esses projetos do papel, realizando os estudos e o desenvolvimento técnico, fica com a Fundação Mário Leal Ferreira. Os projetos da prefeitura receberam a aprovação para usar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esse acordo vale de maio de 2025 até setembro de 2026, com a verba vindo do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para o ano de 2025.
O que muda no Pilar?
Esse projeto se encaixa em um pacote maior de ações de urbanização e moradia no Centro Histórico. A meta é clara: promover inclusão social e melhorar as condições de moradia para quem mais precisa em áreas vulneráveis. Na área específica do Pilar, a ideia é dar uma nova vida a pelo menos 21 imóveis.
Por que esses imóveis? Um parecer técnico do Iphan na Bahia conta que eles estão em péssimo estado. O documento explica que tanto os imóveis quanto a região estão sob constante fiscalização do Iphan e da Defesa Civil de Salvador, o que comprova a situação precária das construções incluídas na proposta. É uma situação que precisa de atenção, concorda?
Depois que a obras de restauro forem feitas, esses edifícios, muitos deles abandonados hoje, vão mudar de cara e de função. O parecer detalha que eles passarão a ser usados para moradia e comércio, o que promete dar uma nova energia à área. Um relatório anexo ao processo mostra que a maioria das construções no Pilar está vazia. As que têm algum uso, geralmente abrigam comércio no térreo, deixando os andares superiores desocupados.
A gestão municipal atual tem incentivado a volta da ocupação no centro da cidade. Medidas como a reforma do Elevador do Taboão e a reabertura da Igreja do Pilar mostram esse movimento. O plano inclinado do Pilar também está passando por melhorias. Mesmo assim, a área ainda lida com desafios como segurança e ocupações improvisadas.
O abandono de casarões na região resultou em diversas invasões por pessoas com poucas ou nenhuma condição financeira, que buscam um lugar para morar de forma improvisada. O texto aponta que, hoje, algumas famílias vivem em imóveis em ruínas, usando vedações e tetos improvisados, e até ocupam terrenos vazios com barracos provisórios de estrutura frágil.