Imagine poder “ouvir” uma estrela distante. Parece coisa de ficção, né? Mas foi exatamente isso que astrônomos fizeram! Eles conseguiram captar as “vibrações” de uma estrela próxima e, com isso, descobriram algo surpreendente sobre como elas envelhecem.
Nosso ouvido humano não escuta esses sons do espaço, claro. Mas as estrelas vibram em frequências próprias, uma espécie de “música estelar”. Captar e analisar isso é o que faz a astrossismologia, um campo da astronomia que estuda o que acontece lá dentro desses astros gigantes.
Superando o silêncio estelar
Antes, só dava para ouvir as estrelas mais quentes, usando telescópios espaciais. A estrela HD 219134, que é alaranjada e está a uns 21 anos-luz, tinha uma “canção” muito baixinha. Era um desafio e tanto captar essa frequência sutil.
Mas aí entrou em campo o Keck Planet Finder (KPF), um instrumento super potente lá no Havaí. Ele conseguiu essa proeza! Durante quatro noites, a equipe usou o KPF para medir com precisão os movimentos dessa estrela.
A idade inesperada
“As vibrações são como a canção única de cada estrela”, falou Yaguang Li, líder do estudo. Ele explicou que, ouvindo essas oscilações, dá para saber com exatidão a massa, o tamanho e a idade da estrela.
E o que eles descobriram? Que a HD 219134 tem impressionantes 10,2 bilhões de anos. Isso é o dobro da idade do nosso Sol! Esse dado pegou a todos de surpresa e pode falar muito sobre o envelhecimento estelar de um jeito que talvez não entendíamos antes.