A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação Virulência. A ação mira supostas fraudes em contratos emergenciais firmados em 2020 para o combate à Covid-19 em Camaçari. Mandados de busca e apreensão e sequestro de bens foram cumpridos em Camaçari e Salvador.
E o que os agentes encontraram durante a operação? Uma quantia expressiva em euros, cerca de 60 mil, equivalente a mais de R$ 391 mil no câmbio atual. Além do dinheiro, foram apreendidos três relógios, uma obra de arte e uma impressionante coleção de veículos.
Sim, cinco carros de luxo foram recolhidos: um Porsche Taycan, um Porsche Macan, uma Land Rover Defender, uma Range Rover Sport e um Corolla. Esses bens agora estão sob sequestro judicial. A casa do empresário Manolo Cal foi um dos locais onde a PF realizou as buscas.
Detalhes da Suspeita de Fraude
A investigação da PF aponta para irregularidades em dispensas de licitação realizadas em Camaçari no início da pandemia. O objetivo era reformar unidades de saúde, criando um Hospital de Campanha, e contratar profissionais para a linha de frente. Mas como teria acontecido o desvio?
A PF fala que duas entidades apresentaram propostas fraudulentas no processo. Uma terceira empresa, então, foi contratada para executar tanto as obras quanto os serviços médico-hospitalares. Curiosamente, essa entidade vencedora subcontratou outras empresas para realizar o trabalho.
Essa dinâmica gerou desembolsos de mais de R$ 5,6 milhões em favor da contratada. No entanto, a apuração indicou um superfaturamento de aproximadamente R$ 1,4 milhão só em 2020. Esse valor representa cerca de 26% do total pago naquele ano.
Diante dos fatos apurados na Operação Virulência, os investigados podem responder por uma série de crimes. Quais seriam eles? A lista inclui fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e organização criminosa. Essa é a conclusão inicial da Polícia Federal.