O técnico Luiz Felipe Scolari admitiu, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (26), que ficou abalado após a derrota para a Alemanha em 2014. A seleção sofreu uma goleada histórica por 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo de 2014, em pleno Mineirão. Ele afirma que não teria feito nada de diferente na equipe.
"Mas foi uma derrota frustrante, e que era pra chorar até hoje. Mas você chora um dia, chora outro, ou não chora e sente um pouco mais. Passei muitos dias triste. Agora, a vida continua. Só levanta de novo quem caiu e tem qualidades para levantar. Foi o que fiz", disse o ex-treinador da seleção.
"Não tenho muito o que justificar. Perdemos algumas bolas ali que… Hoje você olha o contexto do futebol mundial e o jogador tal que fez um gol de fora da área com o pé esquerdo nem chuta com o pé esquerdo. Aquele dia ele acertou. Além do mais, se tirarmos o Neymar e o Thiago (Silva) da equipe do Brasil, vão fazer falta. Podem querer crucificar o Thiago pela derrota para o Barcelona, mas não tem zagueiro melhor. Naquele dia, fizeram falta. E deu tudo errado. Não faria nada diferente", avaliou.
Felipão comandou a seleção brasileira em 2002, quando conquistou o pentacampeonato, e no título da Copa das Confederações de 2013. Atualmente comanda o hexacampeão Guangzhou Evergrande, da China. Ele afirmou ainda que pretende disputar as próximas edições do Mundial, mas descartou um retorno à seleção canarinho.
"Fiz meu trabalho dentro do que tinha de possibilidades, e agora a seleção tem outros parâmetros, rumos, tem outro treinador, está bem dirigida. Nunca trabalhei nos clubes pensando em ser técnico da seleção. Não prenso nisso, não. Agora tenho um bom trabalho com o Guangzhou. Já ganhamos um título em 2017 e precisamos ganhar mais um ou dois. Pretendo ficar na China por pelo menos mais dois anos", concluiu.
