Diretamente da sala de imprensa, após a goleada sobre o Capital pela Copa do Brasil, o técnico Renato Paiva abriu o jogo sobre um reencontro que mexe com ele. Em breve, o português estará na Fonte Nova, mas do outro lado, comandando o Botafogo contra o Esporte Clube Bahia, clube que dirigiu em 2023.
Uma relação de orgulho e uma saída turbulenta
Apesar de uma saída conturbada em setembro passado, marcada por trocas de farpas com torcedores e parte da imprensa, Paiva guarda carinho pelo período. Ele falou que o Bahia faz parte da sua história e que o clube foi fundamental para sua chegada ao futebol brasileiro. “Tenho muito orgulho daquele escudo, do grupo de jogadores, torcida. Adorei Salvador”, confessou o treinador.
Pois é, o esporte reserva dessas voltas do destino. Paiva admitiu que, se pudesse escolher, jamais enfrentaria o ex-clube. No entanto, agora vestindo a camisa do Botafogo, a postura é outra. Ele garantiu que entrará em campo buscando a vitória para o alvinegro, ressaltando que a disputa é “pelo Botafogo”, não “contra ninguém”.
O legado no Esquadrão
Renato Paiva foi o pioneiro na casamata do Bahia sob a gestão do City Football Group. Sua passagem, iniciada no começo de 2023, teve altos e baixos. O título do Campeonato Baiano veio, mas a equipe enfrentou eliminações precoces na Copa do Nordeste e viveu uma campanha difícil na Série A do Brasileirão.
A pressão aumentou, culminando em sua demissão após um empate contra o Vasco pela 22ª rodada. Mesmo com a confiança do Grupo City, Paiva pediu para sair diante das fortes críticas. Ele deixou o clube com 49 jogos, registrando 19 vitórias, 15 empates e 15 derrotas, um aproveitamento de 49%.