O relógio marcava o fim da tarde quando a notícia se espalhou: um dos mais experientes policiais militares de Paulo Afonso havia partido. O hospital do BTN, que tantas vezes foi palco de esperança, tornou-se cenário de despedida. O Sargento Wagnei André dos Santos, referência no 20° Batalhão da Polícia Militar, não resistiu. E, em minutos, a dor ganhou as redes sociais.
Wagnei, morador do bairro Perpétuo Socorro, dedicou mais de 26 anos à Polícia Militar da Bahia. Ingressou na corporação em 2 de abril de 1998 e, desde então, construiu uma trajetória marcada por respeito e companheirismo. Sua internação recente já havia mobilizado colegas e amigos, que acompanhavam cada atualização com ansiedade e esperança.
Segundo relatos de companheiros de farda, o sargento estava internado no hospital do BTN e aguardava transferência para a UTI. Um dos colegas, que esteve no local por volta das 17h30, relatou:
“O médico informou que a vaga na UTI havia sido liberada, mas ainda passaria por higienização. O diagnóstico não estava fechado, e Wagnei faria uma tomografia.”
A espera, porém, terminou de forma trágica. A causa exata da morte ainda não foi divulgada oficialmente, mas a notícia provocou uma onda de manifestações emocionadas. Um dos depoimentos mais compartilhados dizia:
“Quem vai julgar e quem vai falar!?
De um cara cheio de traumas que a vida o proporcionou, tantas angústias e dores que sobreviveu…
Quem vai julgar!?
Quais alternativas foram feitas e falidas, porém sem êxito, diante da dor que o consumia…
Quem vai julgar a covardia da própria instituição, diante de tantos guerreiros que perecem a rotina já insuportável!?
Descanso eterno à sua alma, meu irmão Wagnei!”
Entre as principais informações sobre o caso, destacam-se:
- Wagnei André dos Santos tinha 26 anos de serviço na PM-BA.
- Era morador do bairro Perpétuo Socorro, em Paulo Afonso.
- Estava internado no hospital do BTN, aguardando vaga na UTI.
- A causa da morte ainda não foi oficialmente divulgada.
- Colegas e amigos usaram as redes sociais para prestar homenagens e cobrar melhorias no atendimento aos policiais.
A Polícia Militar da Bahia ainda não divulgou detalhes sobre o velório e sepultamento, que devem ser informados pelos familiares nas próximas horas. O clima entre os colegas de farda é de luto e reflexão sobre os desafios enfrentados diariamente por quem dedica a vida à segurança pública.