A Polícia Civil de Goiânia registrou um boletim de ocorrência inusitado no final de fevereiro, que só veio a público nesta semana. Um homem denunciou um traficante por não ter entregue 30 gramas de maconha, compradas por R$ 210.
Segundo o delegado Humberto Teófilo, o denunciante argumentou que, com base em discussões recentes no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o porte para uso pessoal, a transação seria “aceitável”. Ele ainda afirmou que o vendedor estaria agindo de má-fé com outros usuários recreativos ou medicinais.
O caso foi registrado de forma virtual e analisado pelo delegado que estava de plantão. Teófilo afirmou que a situação foi “inacreditável” e destacou que não é possível caracterizar estelionato em transações ilegais envolvendo substâncias ilícitas.
O homem foi intimado para depor neste sábado (22) e irá assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por falsa comunicação de crime. A comercialização de maconha continua sendo ilegal no Brasil, mesmo em alegações de uso médico. O caso segue agora no Juizado Especial Criminal.
