Uma descoberta surpreendente sugere que o asteroide Chicxulub, famoso por ter causado a extinção dos dinossauros há mais de 60 milhões de anos, também pode ter desempenhado um papel significativo na proliferação das uvas. A pesquisa foi publicada na revista Nature Plants e aponta que as mudanças ambientais provocadas pelo impacto do asteroide criaram condições favoráveis para a expansão dessa fruta.
Alterações ambientais impulsionaram a proliferação de uvas
Os cientistas acreditam que a extinção de grandes animais, como os dinossauros, permitiu que as uvas se espalhassem sem a interferência desses gigantes. Fabiany Herrera e Mónica Carvalho, pesquisadores envolvidos no estudo, descobriram sementes fossilizadas de uva nos Andes colombianos, datando de aproximadamente 50 milhões de anos atrás.
Herrera, em um comunicado do Museu Field de História Natural, explicou: “As uvas têm um extenso registro fóssil que começa há cerca de 50 milhões de anos, então eu queria descobrir uma na América do Sul”. Os pesquisadores observaram que a ausência de grandes animais, como os dinossauros, que costumavam alterar os ecossistemas derrubando árvores e mantendo as florestas mais abertas, criou um ambiente propício para as plantas trepadeiras, como as uvas, se espalharem.
O estudo é significativo porque revela que, após a extinção dos dinossauros, as uvas começaram a se expandir globalmente, aproveitando as novas condições ecológicas. “No registro fóssil, começamos a ver mais plantas que usam trepadeiras para subir em árvores, como uvas, nessa época”, afirmam os pesquisadores.
Essa descoberta não apenas amplia o entendimento sobre as consequências do impacto do asteroide Chicxulub, mas também destaca a complexa interação entre eventos catastróficos e a evolução das espécies vegetais na Terra.
