Pesquisadores desvendam segredos dos redemoinhos lunares
Formações enigmáticas conhecidas como redemoinhos lunares têm fascinado cientistas por décadas. Visíveis através de telescópios, essas estruturas sinuosas na superfície da Lua se estendem por centenas de quilômetros, o que sempre desafiou explicações simples. Recentemente, dados obtidos pela NASA começaram a esclarecer a origem desses fenômenos.
Esses redemoinhos são formados por rochas magnetizadas que desviam partículas do vento solar. Ao contrário das rochas vizinhas que escurecem com o tempo devido a reações químicas causadas por essas colisões, os redemoinhos permanecem claros e visíveis. A questão intrigante é como essas rochas adquiriram suas propriedades magnéticas, já que a Lua não possui um campo magnético ativo atualmente.
Michael J. Krawczynski, pesquisador da Universidade de Washington, propôs uma nova teoria em um artigo publicado no Journal of Geophysical Research. Ele sugere que lavas subterrâneas, ao resfriarem lentamente em um campo magnético, poderiam criar essas anomalias. Experimentos indicam que minerais comuns na Lua, como a ilmenita, podem gerar campos magnéticos sob certas condições, sugerindo que o magma subsuperficial pode ser a chave para entender esses redemoinhos.
Compreender a formação dos redemoinhos lunares não é apenas uma curiosidade científica. Isso pode fornecer informações valiosas sobre a evolução da superfície lunar e a história do campo magnético da Lua, além de ter importantes aplicações para futuras missões lunares. A NASA, por exemplo, planeja explorar um redemoinho lunar conhecido como Reiner Gamma em 2025, através da missão Lunar Vertex.
Embora ainda existam muitas perguntas sem resposta, como os detalhes das reações químicas sob a superfície lunar, esses estudos abrem novas perspectivas para entender não apenas a Lua, mas também outros corpos celestes. A busca por respostas continua, enquanto cientistas exploram os mistérios dos redemoinhos lunares e seu papel no cosmos.
