Butch Wilmore e Suni Williams, astronautas da NASA, terão que prolongar sua missão na Estação Espacial Internacional (ISS) devido a problemas técnicos detectados nos propulsores da espaçonave Starliner, da Boeing. Segundo Mark Nappi, gerente de programa da Boeing para o Starliner, a tripulação está segura e não há necessidade de uma missão de resgate.
Os problemas começaram a ser identificados durante a aproximação da espaçonave à ISS. Originalmente, o retorno dos astronautas estava previsto para algumas semanas após sua chegada em junho. No entanto, cinco dos 28 propulsores da Starliner apresentaram comportamentos atípicos, o que levou à decisão de estender a missão enquanto os engenheiros da NASA e da Boeing analisam as anomalias para garantir um retorno seguro.
Steve Stich, gerente do programa de tripulação comercial da NASA, garantiu que a espaçonave está em boas condições e que os problemas não representam risco para os astronautas. Ajustes foram feitos para assegurar a operação contínua da nave enquanto testes adicionais são planejados para a próxima semana no NASA’s White Sands Test Facility, na Califórnia, usando um propulsor idêntico ao da Starliner.
Wayne Hale, ex-diretor de voo da NASA, destacou a importância de uma abordagem cautelosa, aprendida com desastres anteriores da agência. Ele elogiou a decisão de aproveitar o tempo disponível para uma análise completa, evitando a repetição de erros passados.
Os astronautas têm a opção de retornar à Terra em caso de emergência usando a Starliner. Recentemente, eles se refugiaram brevemente na cápsula quando detritos de um satélite desativado russo ameaçaram a ISS.
