Noland Arbaugh, de 30 anos, foi o pioneiro a receber um chip cerebral desenvolvido pela Neuralink, a empresa de Elon Musk. Como esperado em um procedimento inédito, alguns percalços foram enfrentados. Após cem dias de uso, apenas 15% dos conectores implantados permaneciam funcionais, os demais se soltaram do cérebro de Arbaugh.
Para contornar o problema, a Neuralink recalibrou o sistema, ajustando-o a sinais cerebrais mais sutis, permitindo que Arbaugh continuasse utilizando o dispositivo. Essa medida evitou a necessidade de uma nova cirurgia. O paciente relatou que, após o ajuste no software, seu controle sobre o sistema melhorou consideravelmente.
Batizado de “Telepathy”, o chip analisa os sinais cerebrais de Arbaugh e os converte em comandos enviados a dispositivos eletrônicos. Durante os testes iniciais, ele foi capaz de navegar na internet, jogar xadrez e Mario Kart pelo controle de cursor do mouse, operado com seus pensamentos.
O processo de implantação
Antes da cirurgia de oito horas, Arbaugh passou por uma rigorosa bateria de testes, incluindo entrevistas, exames de sangue, urina e avaliações cognitivas. O objetivo era estabelecer um parâmetro inicial para monitorar possíveis alterações causadas pelo implante.
Apesar de sua empolgação em ser o primeiro a receber o dispositivo, o paciente admitiu ter receios iniciais. “Não sabia se queria ser o primeiro a colocar isso na cabeça caso algo desse errado com o implante. E se ele quebrar ou parar de funcionar e eu só ficar com ele por um dia, uma semana?”, revelou.
Sonhos ambiciosos
Embora atualmente consiga apenas controlar um cursor de computador, Arbaugh nutre ambições mais ousadas. Ele expressou o desejo de eventualmente controlar o robô Optimus, da Tesla, com sua mente, afirmando que “seria muito legal se eu tivesse um robô Optimus para que pudesse controlá-lo. [Ele] faria basicamente tudo por mim e seria um zelador”. Além disso, o paciente também almeja conectar-se a um veículo Tesla.
