A grande inauguração do reservatório de Austerlitz em Paris acontece nesta quinta-feira às 04h45, horário de Brasília, marcando um passo significativo rumo a uma Paris mais sustentável e pronta para os Jogos Olímpicos. A cerimônia contará com a presença da prefeita Anne Hidalgo e Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos.
O papel do reservatório no cenário olímpico
O reservatório, situado próximo à estação ferroviária e ao hospital Pitié-Salpêtrière, é uma construção imponente capaz de armazenar até 50.000 m³ de água – equivalente a 20 piscinas olímpicas. Esta infraestrutura foi desenhada para enfrentar as adversidades climáticas, alocando águas pluviais e residuais durante tempestades, custando cerca de 110 milhões de dólares.
Viabilizando os banhos no Sena
A iniciativa visa purificar as águas do Sena, tornando-o apto para a realização de eventos aquáticos como a maratona de natação e o triatlo durante os Jogos Olímpicos. Além disso, o projeto pretende permitir banhos no rio a partir de 2025. Embora a simulação durante os Jogos sirva como teste decisivo, após o cancelamento de um evento em 2023 devido à má qualidade da água.
O sistema de esgotos de Paris, originado no século XIX, é parcialmente dependente das condições meteorológicas. Em momentos de chuvas intensas, a infraestrutura pode se saturar, despejando água contaminada de volta ao rio, conforme explicado por Samuel Colin-Canivez, responsável pelas obras de esgoto.
Apesar dos desafios, a prefeita Anne Hidalgo demonstrou otimismo ao prometer banhar-se no Sena em junho, pouco antes dos Jogos. Essa iniciativa simboliza a confiança nas reestruturações realizadas, que visam diminuir o impacto ambiental e possibilitar o uso mais frequente do rio para banho.
Antoine Guillou, vereador parisiense encarregado da limpeza e da gestão de esgoto, reconheceu o ceticismo público, dado o histórico de proibição de banhos no Sena por um século. Contudo, acredita-se que os aprimoramentos na infraestrutura de esgoto reduzirão a carga bacteriológica e aumentarão os dias permitidos para banho no rio.
Essa esperada mudança não só apronta Paris para uma grandiosa recepção olímpica como também lança novas expectativas para o futuro ambiental e recreativo da cidade.
