Na manhã desta quinta-feira, 2 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para uma visita às áreas devastadas pelas recentes chuvas torrenciais. O presidente planeja sobrevoar as regiões mais afetadas e, posteriormente, participar de uma reunião crucial com o governador Eduardo Leite e outras autoridades estaduais e federais.
Eduardo Leite, governador do estado, já havia anunciado sua viagem a Santa Maria através das redes sociais, destacando a importância da coordenação de esforços para o resgate das vítimas dos temporais. “As aeronaves precisam estar focadas nos resgates. Precisamos somar todos os esforços”, enfatizou Leite.
A reunião, que contará com a presença de figuras como o Ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o presidente da Conab, Edegar Pretto, visa fortalecer a colaboração entre as diversas esferas do governo para uma resposta mais efetiva à catástrofe. O comandante do Exército, Tomás, também participará, sublinhando o papel vital das Forças Armadas nas operações de resgate.
Desde a segunda-feira, 29 de abril, as chuvas intensas já resultaram em 13 mortes no estado, além de 21 pessoas desaparecidas e milhares desalojadas. A cidade de Candelária é a mais afetada em termos de desaparecidos, com 8 registros, seguida por Encantado e Roca Sales.
Além dos trágicos danos humanos, o temporal também causou significativas perturbações estruturais. Um exemplo disso foi o deslizamento de terra que atingiu uma residência em Santa Maria, resultando na morte de uma adolescente de 17 anos. A busca pela mãe da jovem teve de ser suspensa devido às condições climáticas adversas e só foi retomada na manhã de quinta-feira.
O volume de chuva registrado apenas em Santa Maria nos últimos três dias atingiu marcas históricas, sendo o triplo do esperado para todo o mês, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em resposta, o governo do estado publicou uma edição extra do Diário Oficial do Estado, declarando estado de calamidade pública.
Eduardo Leite, ao abordar a gravidade da situação, alertou que o desastre atual pode superar as chuvas de setembro do ano anterior, tanto em extensão quanto em intensidade das áreas afetadas.
