Quanto tempo vamos viver? Talvez não seja apenas uma questão de genética. Estudos recentes sugerem que, mesmo aqueles com predisposição genética para uma vida mais curta, podem alterar este destino adotando um estilo de vida mais saudável. Uma ampla pesquisa realizada com 353.742 adultos do Biobank do Reino Unido, que foram acompanhados desde 2006 até 2021, buscou responder a essa intrigante questão.
Entendendo a influência dos genes
A pesquisa utiliza o chamado escore de risco poligênico (PRS) para avaliar como as variantes genéticas combinadas podem prever a longevidade de uma pessoa. Por outro lado, foram analisados aspectos como fumo, consumo de álcool, dieta, sono e atividade física para avaliar o estilo de vida de cada participante.
Os impactos dos hábitos saudáveis
O estudo revelou que manter um estilo de vida saudável pode realmente compensar até 62% do risco de uma vida mais curta ou morte prematura, devido a fatores genéticos. Mais especificamente, pessoas com alto risco genético poderiam adicionar aproximadamente 5,5 anos à sua expectativa de vida aos 40 anos, simplesmente adotando hábitos mais saudáveis.
Embora a pesquisa seja observacional e não estabeleça uma relação direta de causa e efeito, os resultados são promissores. A mudança de hábitos pode não apenas melhorar nossa qualidade de vida, mas também aumentar significativamente nossa longevidade. Diante dessas descobertas, adaptar um estilo de vida mais saudável poderia ser a chave para viver mais e melhor, independentemente dos desafios genéticos que enfrentamos.
