Após três décadas desde o trágico acidente que vitimou Ayrton Senna aos 34 anos no GP de Ímola, sua morte continua a reverberar profundas mudanças na segurança da Fórmula 1. Desde então, a categoria testemunhou apenas a morte do piloto Jules Bianchi em 2015, destacando o avanço em medidas de segurança. Drivers como Jackie Stewart já haviam iniciado esforços de reformas, mas foi o adeus a Senna que intensificou a implementação de tecnologias como estruturas deformáveis e melhorias nas áreas de escape dos circuitos.
Nesse contexto, Frédéric Vasseur, chefe de segurança da equipe Ferrari, reflete sobre os impactos dos acidentes na F1, especialmente após a perda de Senna e Ratzenberger no mesmo fim de semana, e Barichello, que sobreviveu por um triz em outro acidente. “Foram três grandes acidentes que realmente chocaram o mundo do automobilismo”, comenta Vasseur.
A implementação do halo, um dispositivo de proteção para a cabeça dos pilotos introduzido após o acidente de Bianchi, é um dos avanços mais notáveis. A eficácia dessas medidas é enfatizada no documentário “1, Life on the Limit”, onde o jornalista Maurice Hamilton aborda como a morte de Senna chocou espectadores ao redor do mundo.
A incrível trajetória de Senna, que inclui três campeonatos mundiais e 65 pole-positions, é rememorada junto a lendas como Lewis Hamilton e Michael Schumacher. Alain Prost, rival e companheiro de equipe de Senna, destaca um lado menos conhecido do brasileiro nos últimos meses de sua vida. “Era alguém completamente diferente. Compreendi quem ele era realmente”, revela Prost.
O legado de Senna vai além das pistas. Seu comprometimento com questões sociais é perpetuado pelo Instituto Ayrton Senna, liderado por sua irmã Viviane e sua sobrinha Bianca, focado em auxiliar crianças carentes, uma causa que era cara ao piloto.
Portanto, enquanto os registros de Senna nas pistas são celebrados, sua influência permanece também na segurança dos pilotos e no suporte às futuras gerações fora das pistas.
