Por mais de duas décadas, a qualidade do ar em São Paulo tem estado abaixo dos padrões recomendados pela OMS, conforme apontado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Esta contaminação constante traz graves riscos à saúde dos paulistanos, incluindo um aumento no risco de doenças cardíacas, conforme revelado por uma nova pesquisa.
Realizado pela Universidade de São Paulo (USP) com suporte da FAPESP, o estudo envolveu a análise de 238 autópsias de residentes de São Paulo. Os pesquisadores também conduziram entrevistas com os familiares das vítimas. Através destes dados, eles identificaram uma ligação direta entre a poluição do ar e o aumento do risco de doenças cardíacas.
Como a poluição afeta diferentes pessoas
A pesquisa destaca que todos estão expostos à poluição, mas não da mesma forma. Se você passa várias horas no trânsito, sua exposição aos poluentes é significativamente maior do que a de alguém que permanece mais tempo dentro de casa. Isso significa que motoristas e passageiros enfrentam um risco ainda maior de desenvolver problemas cardíacos devido a essa exposição prolongada.
Estratégias para melhorar a qualidade do ar
Os resultados do estudo são um chamado à ação. Os pesquisadores sugerem várias medidas para reduzir os riscos à saúde associados à poluição. Entre elas estão:
- Diminuição das emissões dos veículos
- Incentivo ao uso de transporte público sustentável
- Adoção de fontes de energias limpas
Implementar essas estratégias não só ajudaria a melhorar a saúde pública, mas também garantiria um ar mais limpo para a população de São Paulo.
A pesquisa, que foi publicada na revista Environmental Research, serve como um lembrete crucial da necessidade urgente de enfrentar os problemas de poluição do ar, não apenas para proteger o meio ambiente, mas também para preservar a saúde dos cidadãos.