A polêmica envolvendo a publicidade da empresa Fatal Model nos jogos do Esporte Clube Vitória e outros clubes durante as partidas da Série A ganhou novos capítulos nesta sexta-feira. O advogado Antonio Rodrigo Machado levou a questão ao Ministério Público Federal (MPF) e outros órgãos reguladores, solicitando a suspensão da publicidade por envolver contentamentos ligados à prostituição.
Em entrevista ao portal Jota, Machado expressou sua preocupação com o público diversificado que frequenta os jogos de futebol. “A quem se destina o espetáculo de um evento de futebol? Direcionado ao público adulto, jovem e também às crianças, que frequentemente acompanham os jogadores ao campo. É crucial refletir sobre a adequação desse tipo de publicidade no ambiente esportivo”, comentou o advogado.
O caso não apenas foi apresentado ao MPF, mas também ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e ao Procon do Rio de Janeiro. Estas entidades são encarregadas de avaliar e fiscalizar os conteúdos transmitidos durante as partidas e sua interação com o consumidor.
A equipe de esportes do Portal A Tarde procurou o Esporte Clube Vitória para entender o posicionamento da equipe sobre a possível suspensão das publicidades da patrocinadora Leão. O jurídico do clube, no entanto, indicou não ter conhecimento sobre o assunto até o momento. A Fatal Model, por sua parte, não retornou os contatos da reportagem.
A discussão sobre a propriedade de certos tipos de anúncios em eventos esportivos que atraem um público amplamente variado, incluindo menores de idade, continua a ser um ponto de debate significativo, abrangendo não só o Vitória, mas outras equipes e campeonatos patrocinados pela Fatal Model, como Tombense, Uberlândia, Patrocinense, Ipatinga, Ponte Preta, os campeonatos Carioca e Gaúcho, além da equipe do Botafogo na NBB.
