Em uma recente revelação, Ronnie Lessa, ex-policial militar, compartilhou um depoimento chocante. Ele contou que Domingos Brazão, membro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, orquestrou a infiltração de um miliciano no PSOL. Este movimento tinha como objetivo coletar dados sobre a vereadora Marielle Franco. Domingos Brazão, junto com seu irmão Chiquinho Brazão, ambos já presos pela Polícia Federal, são acusados de ser os mandantes do assassinato da vereadora.
Lessa relatou que Brazão se gabava de ter colocado Laerte Silva de Lima, suspeito de envolvimento com milícias no Rio, para espionar figuras políticas, se infiltrando no PSOL logo após as eleições de 2016. Segundo informações da Polícia Federal, essa manobra visava obter informações sobre a oposição de Marielle a novos projetos de loteamentos em áreas controladas por milícias.
O relatório da investigação traz à luz não apenas a tentativa de Domingos Brazão e seu irmão de silenciar Marielle, mas também aponta para um monitoramento mais amplo de membros do PSOL por parte de Lessa. Ele utilizou um site de buscas para investigar dados pessoais de políticos do partido, incluindo a filha de Marcelo Freixo, ex-vereador e presidente atual da Embratur, e do deputado Chico Alencar.
Os investigadores mencionam que estas ações confirmam o interesse já antigo dos irmãos Brazão no PSOL e em seus membros, reforçando a gravidade das acusações contra eles. A equipe da Agência Brasil buscou um posicionamento oficial do PSOL no Rio de Janeiro sobre estas revelações, aguardando um retorno.
