A Índia tem um objetivo ambicioso: se tornar uma das maiores potências mundiais na produção de chips semicondutores. O país está de olho nas oportunidades que surgiram com a disputa tecnológica entre os Estados Unidos e China. O que está acontecendo é chamado de “guerra dos chips”.
O ministro de eletrônica e tecnologia da informação da Índia, Ashwini Vaishnaw, compartilhou uma meta impressionante: colocar o país entre os cinco maiores fabricantes de semicondutores do mundo nos próximos cinco anos. Esta revelação foi feita em uma entrevista à CNBC.
O que a Índia quer é captar o interesse de empresas que procuram alternativas à China, devido a conflitos com os EUA. O país se apresenta como um “parceiro confiável” para negócios e governos ao redor do mundo. A confiança global na capacidade da Índia é uma grande vantagem.
Avanços significativos
Recentemente, o primeiro-ministro Narendra Modi inaugurou três novas fábricas de semicondutores na Índia. Uma dessas fábricas é uma parceria entre a Tata Electronics e a Powerchip Semiconductor Manufacturing Corp, de Taiwan. Juntas, elas pretendem produzir o primeiro chip semicondutor da Índia até 2026.
Além disso, grandes nomes da tecnologia estão investindo no país. A Qualcomm, empresa norte-americana, abriu um centro de design em Chennai, prometendo criar 1.600 empregos. A Foxconn, que fornece para a Apple, planeja investir mais de US$ 1,5 bilhão na Índia.
Para colocar em perspectiva, atualmente, Taiwan domina cerca de 46% do mercado global de fabricação de semicondutores. Em seguida, vem a China com 26%, Coreia do Sul com 12%, Estados Unidos com 6% e Japão com 2%, segundo dados da TrendForce.
Com esses movimentos estratégicos, a Índia não só pretende ser um grande jogador na “guerra dos chips”, como também visa fortalecer sua posição como um hub tecnológico global, abrindo novas oportunidades e empregos no setor.
