Curiosidades e Tecnologia
EUA dão ultimato à ByteDance: venda o TikTok em 6 meses ou enfrente proibição nacional
Nova lei dos EUA ameaça TikTok com proibição total se não cortar laços com a China em 165 dias.
Em uma reviravolta significativa na saga entre o governo dos EUA e o popular aplicativo de vídeos curtos TikTok, legisladores americanos bipartidários lançaram uma proposta legislativa ousada. A ByteDance, empresa chinesa mãe do TikTok, recebeu um ultimato: desvincular-se do aplicativo dentro de um prazo de aproximadamente seis meses ou preparar-se para uma proibição total nos Estados Unidos. Essa medida visa abordar preocupações crescentes relacionadas à segurança nacional, reflexo da tensão entre os Estados Unidos e a China no cenário digital global.
Neste contexto, o projeto de lei emergiu como uma resposta legislativa contundente às tentativas anteriores de limitar o alcance do TikTok, que não progrediram no Congresso. Representando uma coalizão de forças políticas, membros tanto do partido Republicano quanto do Democrata estão alinhados nesta causa, evidenciando a gravidade com que veem a situação. Uma votação inicial está prevista, marcando o primeiro passo para a possível execução deste plano radical.
A proposta legislativa, se aprovada, colocaria a ByteDance diante do desafio de alienar o TikTok, plataforma que se tornou um fenômeno cultural nos Estados Unidos, atingindo mais de 170 milhões de cidadãos americanos. A alternativa seria enfrentar a proibição do aplicativo nas lojas digitais da Apple e Google, um golpe que poderia retirar o TikTok do cenário digital americano.
A medida, no entanto, já encontrou resistência. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) apressou-se em criticar a proposta, acusando-a de infringir os direitos constitucionais e alertando sobre o perigo de tais precedentes legislativos. Em um comunicado marcante, Mike Gallagher, presidente republicano do Comitê da Câmara dos Deputados para China, apelou diretamente ao TikTok para que rompesse laços com o Partido Comunista Chinês, ou enfrentasse a perda de seu acesso ao mercado americano.
Com a Casa Branca expressando apoio ao projeto de lei, o cenário é de um possível agravamento no embate tecnológico e político entre os Estados Unidos e a China. A ByteDance e o TikTok, por sua vez, expressaram forte oposição à proposta, destacando o impacto negativo que uma proibição teria sobre milhões de americanos que dependem da plataforma para trabalho e renda extra, assim como sobre pequenas empresas que utilizam o aplicativo para crescimento e geração de empregos.
Este movimento legislativo, assim, não apenas reflete as preocupações com a segurança nacional, mas também destaca a complexidade das relações internacionais na era digital. À medida que o processo avança, as implicações para a liberdade de expressão, a economia digital e os equilíbrios de poder global encontram-se em uma encruzilhada crítica.
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