Curiosidades e Tecnologia
Tempestade solar histórica ilumina o espaço e é capturada por oito espaçonaves
Tempestade solar épica capturada por 8 espaçonaves, revela segredos cósmicos.
No dia 17 de abril de 2021, o espaço foi palco de um espetáculo sem precedentes: uma tempestade solar de proporções gigantescas, tão significativa que atraiu a atenção de oito espaçonaves dispersas pelo Sistema Solar. Esse fenômeno incrível, composto por uma gigantesca nuvem de material solar, catapultou partículas energéticas solares (SEPs) pelo espaço a velocidades próximas à da luz, criando um verdadeiro show celestial.
O evento não passou despercebido pelos cientistas e pesquisadores globais, que se apressaram em direcionar seus instrumentos para capturar e estudar essa potente manifestação da natureza solar. Dentre os aspectos notáveis desta tempestade, destacam-se sua magnitude e distribuição geográfica, alcançando espaçonaves localizadas em diversos pontos do Sistema Solar interno e até mesmo em órbita ao redor de Marte.
A importância de estudar tais tempestades reside no fato de que as SEPs apresentam riscos significativos tanto para a tecnologia espacial quanto para a saúde humana no espaço, devido ao seu alto nível de energia. Elas podem danificar satélites, interromper comunicações e sistemas de navegação e expor astronautas e passageiros de voos comerciais em altas latitudes a níveis perigosos de radiação.
A captação deste evento por oito espaçonaves distintas – incluindo a BepiColombo a caminho de Mercúrio, as sondas Parker Solar Probe e Solar Orbiter projetadas para estudar o Sol de perto, STEREO-A, SOHO, Wind, a sonda MAVEN e a Mars Express em órbita de Marte – ofereceu uma oportunidade única para análise. Liderada por Nina Dresing, da Universidade de Turku, na Finlândia, uma equipe se dedicou ao estudo desta tempestade com o objetivo de entender a origem das SEPs e os mecanismos que impulsionam sua aceleração.
Os resultados revelaram diferenças intrigantes nas partículas capturadas por cada espaçonave, evidenciando uma complexidade até então desconhecida sobre como essas partículas são lançadas no espaço e como se dispersam pelo Sistema Solar. A descoberta sugere que fenômenos solares variados podem estar por trás da propulsão das SEPs em diferentes direções, desafiando o entendimento anterior sobre tempestades solares e seus impactos.
Além de aprimorar nosso conhecimento sobre a dinâmica solar, o estudo sublinha a importância da colaboração internacional e do uso conjunto de diversas espaçonaves na observação desses fenômenos celestes. Ao fornecer insights valiosos sobre como as partículas energéticas se distribuem de forma tão ampla, essa pesquisa contribui para uma melhor compreensão do comportamento das tempestades solares e seus efeitos, abrindo novas possibilidades para a elaboração de estratégias de proteção contra suas consequências adversas.
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