Um documento interno do Batalhão de Choque levantou questionamentos sobre a atuação da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) na segurança do confronto entre Sport e Fortaleza, realizado na noite de quarta-feira (21), especialmente em relação ao ataque sofrido pelo ônibus do time cearense. O documento, de caráter sigiloso, evidencia que a PMPE tinha conhecimento prévio sobre a posse de explosivos por parte de torcedores do Sport antes da partida.
O relatório detalha que a ação da polícia se concentrou em evitar que os explosivos fossem levados para dentro da Arena de Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, onde o jogo ocorreu. Durante o esforço para controlar a situação, os policiais realizaram quatro disparos de arma de fogo com o intuito de deter a torcida de introduzir os explosivos no estádio, embora os artefatos não tenham sido apreendidos no momento dos disparos.
O documento contém um trecho que descreve o desafio enfrentado pela equipe de segurança: “Durante o jogo Sport x Fortaleza, realizado na Arena Pernambuco no dia 21/02/2024, o efetivo na entrada Q, composto por quatro policiais, enfrentou uma tentativa de invasão e conflito entre a torcida organizada do Sport e torcedores do Fortaleza, com a primeira em superior número e portando artefatos explosivos”.
Após o término do evento esportivo, um incidente marcante ocorreu: seis atletas do Fortaleza sofreram lesões devido a um ataque perpetrado por torcedores do Sport, ocorrido enquanto a delegação tricolor deixava a área adjacente à Arena Pernambuco. Naquele momento, o ônibus que transportava a equipe estava sob proteção da PMPE. Esses eventos ressaltam preocupações significativas acerca da segurança em torno de partidas de futebol e geram ampla discussão sobre as medidas necessárias para garantir a proteção de equipes e torcedores.
