No primeiro ano de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve o padrão de gastos militares estabelecido por seu antecessor, Jair Bolsonaro. Conforme dados do sistema do Senado, Siga Brasil, o investimento nas Forças Armadas em 2023 foi de R$ 8,13 bilhões.
Essa cifra representa 6,8% do desembolso total do setor, mantendo-se equivalente, em termos de proporção, aos gastos de 2021 e 2022, após ajustes inflacionários. A maior parte das despesas, 79,8% dos R$ 119 bilhões, foi destinada a pessoal ativo e inativo. O investimento em 2023 corresponde a aproximadamente 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, abaixo do patamar de 2% sugerido pela Otan.
Em comparação, o investimento militar em 2020 foi ligeiramente superior, totalizando R$ 9,9 bilhões. O cenário atual reflete um desafio contínuo para as Forças Armadas brasileiras, que buscam maneiras de lidar com a distribuição orçamentária limitada e com foco predominante em despesas de pessoal.
