A meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Metrologia (Inmet), prevê uma redução na intensidade do fenômeno El Niño a partir de fevereiro deste ano. Este fenômeno, caracterizado pelo aquecimento acima da média das águas do Pacífico Equatorial, já atingiu seu pico máximo e espera-se um novo pico em janeiro.
Segundo Andrea Ramos, apesar da diminuição de força, El Niño continuará influenciando as condições climáticas, afetando padrões de chuva, pressão e vento. A previsão é que o fenômeno termine no outono de 2024, dando início a uma fase neutra, sem a presença de El Niño ou La Niña. Esta fase neutra caracteriza-se por condições climáticas mais típicas das estações do ano.
A meteorologista também apontou a possibilidade de ocorrência do La Niña a partir de setembro. La Niña, oposto ao El Niño, geralmente resulta em temperaturas mais frias, com diminuição de chuvas na Região Sul e aumento na Região Norte do Brasil.
Ramos destacou que El Niño foi um fator significativo para tornar 2023 o ano mais quente em 174 anos, segundo registros da Organização Meteorológica Mundial. No entanto, esclareceu que o fenômeno em 2023 não atingiu a intensidade do “super El Niño” de 2015/2016.
Para o verão de 2024, espera-se que as temperaturas permaneçam acima da média, com a possibilidade de ondas de calor, conforme indicado pelas previsões climáticas. A especialista ressaltou que as ondas de calor são caracterizadas por temperaturas superiores a 5º C acima das máximas habituais.
Além do El Niño, a meteorologista enfatizou que o aquecimento do Oceano Atlântico também contribuiu para as ondas de calor observadas em 2023. Este fenômeno, associado ao aquecimento do Pacífico, estabelece um padrão climático que influencia as condições meteorológicas.
A previsão do tempo indica chuvas até o final do mês corrente, e Ramos ressalta a importância de monitorar as previsões climáticas e meteorológicas para acompanhar as mudanças e tendências do clima.
