Nesta terça-feira, 3, o dólar fechou em alta de 1,71%, cotado a R$ 5,1530. Este é o maior valor registrado desde março deste ano. Especialistas indicam que a principal razão para essa alta é a incerteza em relação ao controle da inflação nos Estados Unidos.
Contexto econômico
O ambiente de taxas de juros elevadas nos Estados Unidos tem sido um ímã para investidores globais. A perspectiva de manutenção dessas taxas altas atrai recursos para o país norte-americano, tornando mercados como o brasileiro menos atrativos. O resultado é uma valorização do dólar frente ao real e outras moedas globais.
Declarações do Federal Reserve
Dirigentes do Federal Reserve, o banco central americano, mantêm a postura de que é necessário manter taxas de juros altas para estabilizar os preços. Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, reforçou essa visão ao declarar que não tem pressa em ajustar as taxas de juros. Este cenário amplia a fuga de investidores do Brasil, contribuindo para o aumento da cotação da moeda americana.
Novos dados econômicos
O relatório de emprego divulgado nesta terça-feira também reforça o panorama de que o Federal Reserve poderá ser mais rigoroso no controle da inflação. O número de vagas abertas superou as expectativas do mercado, levando analistas a cogitar um aumento de taxa na próxima reunião do banco central.
Impacto no Brasil
Os dados recentes do mercado de trabalho e da balança comercial no Brasil, embora positivos, não foram capazes de contrabalançar a tendência de alta do dólar. Com taxas de juros mais atrativas nos EUA, investidores estão deslocando seus recursos, abandonando mercados emergentes como o Brasil.
Índice DXY
O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, alcançou seu maior nível desde novembro de 2022, por volta das 17h30 do horário de Brasília. Isso sinaliza uma valorização global do dólar, refletindo a solidez econômica dos Estados Unidos em comparação com outros mercados.
