O cenário de crise financeira na Lojas Marisa, uma das principais redes de varejo de moda feminina e lingerie do país, se aprofunda. A empresa anunciou nesta semana o fechamento de 91 unidades de suas lojas até junho de 2023, como parte de um movimento para conter os déficits financeiros. O custo da operação será de R$ 62 milhões, segundo João Pinheiro Nogueira Batista, CEO da empresa.
As medidas adotadas pela companhia fazem parte de um plano de reestruturação que visa o equilíbrio financeiro da empresa. Entre março e abril deste ano, 25 lojas já foram fechadas. No cronograma anunciado pela gestão, 33 lojas serão encerradas em maio e mais 33 lojas em junho. Segundo Batista, os estabelecimentos selecionados para o encerramento foram escolhidos devido ao alto custo operacional e à baixa rentabilidade.
Apesar do cenário desafiador, a Marisa espera um incremento de quase R$ 70 milhões por ano, além de uma redução de R$ 52 milhões nas despesas gerais. Essa projeção se baseia na expectativa de que os custos fixos da companhia sejam reduzidos significativamente com o fechamento das lojas de menor rendimento.
Entretanto, o primeiro trimestre de 2023 foi de perdas significativas para a Marisa. A empresa encerrou o período com uma perda líquida de R$ 149 milhões, valor 64,2% maior do que o apurado no mesmo período do ano anterior.
A Marisa é uma das empresas mais conhecidas do varejo de moda no Brasil, com uma história de mais de 70 anos de atuação. O fechamento de tantas unidades em um curto espaço de tempo representa um momento crítico para a empresa, que busca se reestruturar para superar os desafios impostos pelo cenário econômico atual.
A decisão de fechar tantas unidades também levanta questões sobre o futuro do varejo de moda no país, em um momento em que muitas empresas estão enfrentando dificuldades devido a fatores como a alta dos custos operacionais e a mudança nos hábitos de consumo.
Para os consumidores e funcionários dessas lojas, o anúncio traz incertezas. O futuro do varejo de moda pode estar mudando e muitos se perguntam como será a experiência de compra e trabalho no setor nos próximos anos.