Polícia e investigação
Adolescente de 13 anos perde audição após colegas soltarem explosivo no colégio
Uma adolescente, identificada como Gabriella Cardoso, de 13 anos, perdeu a audição do ouvido direito depois de alguns alunos explodirem uma bomba na quadra do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp/UFRJ), na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade. Uma comissão foi criada pelo colégio para investigar as informações. Três estudantes foram suspensos pelo período de dez dias. Atos violentos na escola não são tolerados, conforme a direção.
O caso ocorreu no dia 1º de julho, no momento de um campeonato de futebol escolar. Quando Gabriella saía da quadra no final da competição, colegas explodiram uma bomba perto dela.
No último sábado (16/7), Gabriella teve que passar por um exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).
Assim que a bomba explodiu, a estudante começou a sentir dores muito fortes no ouvido direito e mais tarde, notou que não conseguia escutar mais. Gabriella foi até uma clínica particular que constatou perda auditiva de grau profundo. O colégio encaminhou a família para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão. Lá, um outro laudo confirmou o problema: perda auditiva neurossensorial de grau profundo na orelha direita.
A estudante ainda relata sentir fortes dores mesmo depois de duas semanas do incidente:
“Sinto dor quando eu bocejo ou quando alguma coisa bate. Está difícil”, conta.
O CAp/UFRJ publicou uma nota oficial assim que ficou sabendo da gravidade do caso, informando que a equipe conversou com os alunos sobre as consequências de explosivos no ambiente escolar.
“Como é que um menor de idade consegue ter acesso a um artefato explosivo. Foi o pai? Quem foi que vendeu? Ele comprou numa loja? Entrou na escola e detonou dentro da escola. Se a gente não fizer alguma coisa, qual o risco de isso acontecer de novo?”, questionou Luís Claudio, que achou a nota insuficiente.
O diretor da escola vai ser intimado pela Polícia Civil para prestar depoimento. Imagens de câmeras de segurança também deverão ser coletadas, a fim de que possam colaborar nas investigações
De acordo com a instituição escolar, Gabrielle já tem outro atendimento marcado no Hospital Clementino Fraga Filho para hoje (18/07).
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