A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do congolês Moise Mugenyi Kabagambe, de 24 anos. Moise foi espancando até a morte por cerca de 15 minutos com pedaços de pau em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (24).
Três homens foram presos suspeitos de envolvimento no caso. Um deles trabalha vendendo drinks na praia e foi localizado na casa de familiares. Ele confessou que participou do espancamento do congolês.
Já outro homem que diz ter participado da agressão se apresentou na delegacia de Bangu. Com a ajuda dos presos, os policiais apreenderam perto do local do crime, um taco de beisebol que foi utilizado na sessão de espancamento.
Moise teria ido cobrar ao gerente do quiosque o pagamento por duas diárias atrasadas. Ele trabalhava no local como ajudante de cozinha.
Segundo uma nota emitida pela comunidade congolesa no Rio de Janeiro, cinco pessoas teriam agredido Moise, incluindo o gerente do quiosque, com pedaços de pau e um taco de baseball. Moise morreu no local.
“Esse ato brutal, que não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade Brasileiro, mas claramente demonstra a XENOFOBIA dentro das suas formas, contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar”, diz nota da comunidade congolesa.
Segundo contou Yannick Iluanga Kamanda, primo de Moise, as agressões continuaram mesmo após a vítima já estar desacordada.
“O meu primo ficou desacordado e mesmo assim ele espancavam ele. Só depois de um tempo , eles viram que ele estava desacordado e deixaram ele jogado na areia”
Moïse Kabamgabe estava no Brasil desde 2011, quando fugiu da guerra na República Democrática do Congo. O corpo dele foi enterrado na Zona Norte do Rio, no domingo (30).
