Um homem, de 47 anos, precisou abaixar as calças dentro da agência da Caixa Econômica Federal, na cidade de Vitória, no Espírito Santo, após ser barrado cinco vezes. Marcelo Cabral, que tem uma prótese de metal no quadril, não conseguiu passar pelo detector de metais da porta giratória.
O caso aconteceu na última sexta-feira (10) e, ao site UOL, Marcelo explicou que nunca tinha passado por esse constrangimento desde que começou a usar a prótese. “Nunca tinha passado por uma situação tão constrangedora como foi essa, não só de ter que abaixar a calça para mostrar a cicatriz, mas também […] entender que foi por conta da minha cor que eu apresentava um risco para a agência.” , comentou.
O Movimento Negro da cidade de Vitória orientou Marcelo a mover um processo contra a empresa que realiza a segurança dentro do banco, além de processar, também, o segurança e a Caixa Econômica.
A instituição financeira, por meio de uma nota, informou que o cliente foi encaminhado para realizar o atendimento após revelar que tinha uma prótese na perna.
“A CAIXA informa que utiliza portas automáticas giratórias com detectores de metal em suas agências de acordo com a Lei 7.102/83 e Portaria 3233/2012 do Departamento de Polícia Federal, que disciplina todo o sistema de segurança em estabelecimentos financeiros em território nacional.
Em atenção ao caso relatado, o banco esclarece que, ao entrar na agência, os clientes passam por triagem, de modo a garantir o correto direcionamento no atendimento e distribuição de senhas. Assim que informou sobre a prótese, o cliente recebeu o adequado encaminhamento para atendimento.
Cabe destacar que as portas giratórias são utilizadas pelos bancos para impedir o acesso de pessoas às agências portando objetos que coloquem em risco a segurança de clientes e empregados, nunca para criar obstáculos ou constrangimentos aos usuários.”
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